terça-feira, 28 de julho de 2020

quarta-feira, 22 de julho de 2020

CONHECENDO A ARTE DO GOJU-RYU(Parte lV)

PARTE TÉCNICA

Tal como as folhas das árvores se movem com o vento, a mente move-se com a respiração... ]

Significado dos Katas

Katas são conjuntos de movimentos pré-estabelecidos, efetuados numa determinada sequência, englobando ataques, defesas e contra-ataques contra adversários imaginários, tendo sempre em vista qualquer situação de combate real. Nos katas tudo tem um significado e aplicação e, não é mera demonstração de técnicas ou habilidade.
É nos katas que está cristalizada a essência do karate e os seus princípios, e isso não se faz mais notar em qualquer outro aspecto do que no fato dos katas terem início sempre com um movimento defensivo, delineando assim a premissa: "No karate não há primeiro ataque (Karate ni sente nashi)". Não só não há primeiro ataque, como também a melhor defesa é evitar totalmente a luta. É por este motivo que se diz que o karate é a arte do homem sábio.

"Formar melhores pessoas" era como o Sensei Chojun Miyagi via o karate, e isso está também expresso não mais que na prática das katas, onde nos encontramos em constante luta mental. Pois, praticando e esforçando-nos continuamente por aperfeiçoar as técnicas nos katas, moldamos também a nossa atitude, mente, caráter. É por isto também que o karate é tido como uma escola de vida.
Um praticante de karate, treinando hoje num dojo, em qualquer parte do mundo, está a praticar as mesmas técnicas que os seus antecessores praticaram centenas de anos atrás. Nos tempos de mudança que hoje se vivem, é verdadeiramente apreciável estar envolvido numa arte que conseguiu notoriamente ultrapassar o teste do tempo.

 katas do sistema Goju-Ryu

Quase todas os katas do Goju-Ryu nos foram transmitidos pelo Sensei Kanryo Higaonna, sendo os restantes criados ou modificados (como é o caso do Sanchin) pelo Sensei Chojun Miyagi.
Os katas que Kanryo Higaonna herdou do Sensei Ryu Ryu Ko e que posteriormente foram ensinados ao Sensei Chojun Miyagi são: Sanchin, Saifa, Seiyunchin, Shisochin, Sanseru, Sepai, Kururunfa, SesaneSuparinpei.
Por sua vez os katas que o Sensei Chojun Miyagi desenvolveu foram: Gekisai Dai Ichi e, Gekisai Dai Ni, uma versão modificada do Sanchin do Sensei Kanryo Higaonna e, criou também o kata Tensho.

 

Heishugata


Sanchin



O significado desta kata é "Três batalhas" e é nesta kata que está verdadeiramente presente a essência do karate Goju-Ryu de Okinawa. É uma kata realmente díficil, dura e exigente tanto física, como mentalmente e, os karatecas ao praticá-la são sujeitos a um rigoroso teste, chamado Shime, onde é testada a sua postura, concentração, respiração e técnica.
A versão modificada pelo Sensei Chojun Miyagi da kata trazida pelo Sensei Kanryo Higaonna, da China, surgiu da necessidade de se usar o corpo de uma forma mais simétrica.


Tensho



Tensho significa "Mãos rotativas". Foi desenvolvida pelo Sensei Chojun Miyagi e representa a parte ju de Goju. Crê-se que foi inspirada na kata Rokkishu do estilo chinês da garça branca. Rokkishu significa "6 mãos", o que denota as diferentes posições de mãos usadas na kata. Tal como na kata Sanchin é realçada uma tensão dinâmica aliada a uma respiração característica e a movimentos suaves das mãos.


Kaishugata

 


Gekisai Dai Ichi





Traduzindo os kanjis lê-se: "Demolir, destruir".
Esta kata foi criada pelo Sensei Chojun Miyagi, por volta de 1940, para tornar mais fácil a integração de novos alunos no sistema, visto que anteriormente a primeira kata que se aprendia era a kata Sanchin . A kata Gekisai Dai Ichi é a único kata do sistema que termina sendo dado um passo para a frente, isto talvez para delinear o espírito pós-guerra que se vivia na altura.


Gekisai Dai Ni

  (Ver Gekisai Dai Ichi)


Saifa



Significa: "Pancadas destruidoras ou esmagar, rasgar, desfazer".
Nesta kata são comuns as esquivas, os ataques às costas e técnicas de libertação. Os ataques nesta kata são circulares e, é dada muita importância ao uso das articulações para gerar um poder e velocidade semelhante aos de um chicote.


Seiyunchin




Pode ser interpretada como: "Agarra/puxa em batalha".
Esta é uma kata executada com grande frequência em torneios e exibições.
Não há pontapés nesta kata, ja que o seu propósito é desenvolver uma postura forte e estável e, por isso se coloca muito ênfase no shiko dachi. Esta kata contém numerosas técnicas de projecção e luta corpo a corpo.


Shisochin




Esta era a kata favorito do Sensei Chojun Miyagi nos seus últimos dias.
É uma kata onde se fazem sentir movimentos verdadeiramente acutilantes, como é o caso do nukite que deve ser feito como se as nossas mãos fossem folhas de aço e do shotei zuki que é verdadeiramente poderoso e incisivo. É uma kata também muito rica em técnicas de luta corpo a corpo.



Sanseru




Esta é uma kata onde estados de calma se convertem bruscamente em momentos de acção súbita, como se de um combate real se tratasse. É uma kata muito rápida e dura, concebida para desenvolver velocidade e potência e, por isso não é tão intrincada como as outras. É, todavia, necessário debruçarmo-nos sobre esta kata para percebermos plenamente o seu complexo significado e técnicas ocultas.


Sepai



Esta kata apresenta várias características notáveis, como por exemplo: movimentos circulares como o furi zuki e o yoko uke que se fazem simultaneamente mas com ênfase distinto, ataques que são feitos a 45º, assim como situações onde nos "afundamos" e logo nos elevamos para atacar.
Esta kata contém muitas técnicas ocultas e combinações de movimentos desenhadas para confundir o adversário e, simplesmente observando a kata não nos é possível determinar a verdadeira intenção das suas técnicas.


Kururunfa





Significa: "Desenhar e subitamente destruir".
Caracteriza-se por movimentos muito rápidos com as mãos, com os pés e com as ancas e também pelas técnicas evasivas (sabaki) e, é com a combinação harmoniosa de técnicas go e ju que tão bem exprime a essência do Goju-Ryu.


Sesan



Esta kata era a favorita do Sensei Chojun Miyagi e do seu melhor aluno, Jin'an Shinzato.
A característica mais marcante nesta kata é o seu antagonismo, que está expresso na combinação de movimentos circulares e directos, de velocidade e muchimi e de técnicas duras e suaves. A suavidade circular dos bloqueios e a potência linear dos ataques combinam-se para criar uma kata de uma beleza estética sublime.
São também usadas técnicas pouco comuns como o sun tzuki (soco curto) e movimentos similares aos de uma serpente, relevantes numa luta corpo a corpo.


Suparinpei





Esta kata é também conhecida como Pichurin. Antigamente na China, haviam 3 variações desta kata: Dai, Chu e Sho . A kata praticada hoje é a variação Sho . Foi a segunda kata a ser ensinada ao Sensei Chojun Miyagi.
Esta kata contém muitas técnicas com as mãos abertas. O uso simultâneo das duas mãos para contra-ataques, nage waza, etc. é uma característica importante desta kata e é indicativo da sua natureza avançada, permitindo um número infindável de combinações.


Katas e Bunkais:


Taikyoku Jodan Dai Ichi
Taikyoku Jodan Dai Ni
Taikyoku Chudan Dai Ichi
Taikyoku Chudan Dai Ni
Taikyoku Gedan Dai Ichi
Taikyoku Gedan Dai Ni
Taikyoku Kake Uke Dai Ichi
Taikyoku Kake Uke Dai Ni
Taikyoku Mawashi Uke Dai Ichi
Taikyoku Mawashi Uke Dai Ni
Sanchin
Tensho
Gekisai Dai Ichi
Gekisai Dai Ni
Saifa
Seyunchin
Shisochin
Seisan
Sanseru
Seipai
Kururunfa
Suparinpei

 

Katas Superiores(TOKUTEI):


Genkaku
Chikaku


 

 Significado do Kumite


 O kumite é um método de treino que dá aplicação prática às técnicas ofensivas e defensivas aprendidas nos katas, onde os oponentes se encontram frente a frente.

A importância dos katas no kumite é decisiva. Se as técnicas não são usadas com naturalidade mas sim de uma forma forçada, a posição e a forma não serão corretas. Também ao serem usadas se se confundem as técnicas de um kata com as de outro kata não se poderá esperar grande perfeccionismo no kumite. O melhoramento do kumite depende do progresso em kata. Kumite e kata estão tão juntos como a mão e o braço. Dar mais importância a um e expensas a outro é sempre um erro.

Objetivos do treino de Kumite

No treino de kumite cada aluno deve praticar inicialmente um tipo adequado ao seu próprio nível. É portanto, necessário entender claramente as características distintas dos diversos tipos de kumite e pratica-los, tendo em mente, os seus objetivos claros.

Tipos de Kumite

Ippon Kumite

É a forma mais básica. Os karatecas estão separados por uma distância fixa e o objetivo fica determinado antecipadamente. Fazem-se alternadamente ataques e defesas. Os praticantes alternam-se na defesa e no ataque. A cada ataque corresponde uma defesa e um contra-ataque final.

1. Deve adquirir-se a destreza necessária para contra-atacar poderosamente, usando as técnicas básicas.
2. Aprender a relação existente entre a defesa e a sua utilização como técnica decisiva.
3. Aprender como fazer uso de fixar o MAAI, isto é, a distância a que um ataque pode ser efetuado e em que de uma defesa pode nascer um contra- ataque decisivo.
4. Em relação à distância e à posição no momento de defesa, deve-se desenvolver o reflexo instantâneo de contra-atacar rapidamente, selecionando  a técnica decisiva mais apropriada.
5. Adquirir o sentido de oportunidade (timing) na defesa, que vem através dos movimentos totais do oponente, esperando até ao último momento e defende-lo, contra-atacando rapidamente.
6. Fazer uso das diversas posições possíveis a adotar quando se defende.

Sanbon Kumite

É a execução repetida de 3 ataques e de 3 defesas finalizando com um contra-ataque final.

1. O primeiro objetivo deste kumite é conseguir ser um perito no uso das formas e técnicas fundamentais de ataque e defesa. O que significa repetir e polir constantemente os ataques de punho e pernas, as defesas e as posições fundamentais até realizá-las com o máximo de exatidão, sabendo mover os pés.
2. Os alunos mais avançados devem também adquirir uma grande mestria para se moverem com fluidez e velocidade
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 Ippon Kumite

É a forma mais básica. Os karatecas estão separados por uma distância fixa e o objetivo fica determinado antecipadamente. Fazem-se alternadamente ataques e defesas. Os praticantes alternam-se na defesa e no ataque. A cada ataque corresponde uma defesa e um contra-ataque final.

1. Deve adquirir-se a destreza necessária para contra-atacar poderosamente, usando as técnicas básicas.
2. Aprender a relação existente entre a defesa e a sua utilização como técnica decisiva.
3. Aprender como fazer uso de fixar o MAAI, isto é, a distância a que um ataque pode ser efetuado e em que de uma defesa pode nascer um contra- ataque decisivo.
4. Em relação à distância e à posição no momento de defesa, deve-se desenvolver o reflexo instantâneo de contra-atacar rapidamente, selecionando  a técnica decisiva mais apropriada.
5. Adquirir o sentido de oportunidade (timing) na defesa, que vem através dos movimentos totais do oponente, esperando até ao último momento e defende-lo, contra-atacando rapidamente.
6. Fazer uso das diversas posições possíveis a adotar quando se defende.

 Jiyu Ippon Kumite

Ambos os adversários ficam em kamae (guarda) livremente e com distância opcional. O atacante ataca com decisão anunciando a área do seu objetivo. O defensor efetua livremente uma defesa, empregando as técnicas que domina e contra-ataca depois. Este sistema de treino põe em prática as técnicas ofensivas e defensivas. Antecede o Jiyu Kumite.

O atacante deve tirar partido de qualquer abertura que localize na guarda do defensor, atacar com vigor, cuidando de uma sincronização perfeita, calibrando exatamente o MAAI (distÂncia) e o KOKYU (ritmo de respiração) e dispondo de fintas e outros artificios oportunos. O defensor exercita a defesa (avançando, retrocedendo ou executando tai-sabaki, para o lado esquerdo ou direito), e realiza as suas técnicas em qualquer direção contra-atacando no fim. O jiyu ippon kumite é um treino importante para progredir no conhecimento das técnicas, para cultivar uma boa visão e uma intuição genuína, indispensável para realizar ataques e defesas.

1. Deve-se considerar como uma etapa para o jiyu kumite e por isso treinado com seriedade.
2. Tomando a distância com descrição, os ataques e defesas praticam-se livremente, adquirindo a destreza necessária para realizar uma técnica decisiva de uma só vez.
3. Aprender a obter a vantagem decisiva da oportunidade, já que esta só se apresenta uma só vez.
4. Adestrar-se nos métodos para realizar um contra-ataque efectivo, com técnicas decisivas, potentes e com técnicas combinadas com deslocamentos (movimentos de pernas).

Jiyu Kumite

1. Deve-se treinar o jiyu kumite até adquirir a mestria em matérias tais como: obter a vantagem em MAAI, a qual muda incessantemente, levando assim o oponente ao MAAI favorável a nós próprios, ou surpreende-lo enquanto inicia o ataque.
2. Estudar as formas de obter e utilizar a oportunidade (timing).
3. Praticar as mudanças de técnicas e as técnicas combinadas.
4. Conseguir converter uma defesa em ataque.
5.. Estudar a forma de tomar a iniciativa subsequente.
6. Estudar a forma de tomar a iniciativa antecipada.
7. Aprender a avaliar as situações reconhecendo e diferenciando as reais das aparentes ou das preparadas pelo oponente.
8. Estudar as técnicas contínuas e o tai-sabaki.
9. Conseguir o máximo de nós mesmos, dedicando todo o interesse e centrando a nossa mente num treino sério.

 Pontos essenciais do Jiyu Kumite

1. Kamae: Postura de preparação para começar (parte superior do corpo). O kamae deve permitir o movimento de ataque ou defesa em qualquer direção, permanecer de pé, corpo na vertical e com o tronco em hanmi; manter a cabeça direita, sem inclinar nem para trás nem para a frente nem para os lados. O braço adiantado ligeiramente curvado, dando proteção à zona das costelas. O braço de trás ficará dobrado perto do plexo solar. Não deve haver força desnecessária nos cotovelos. O centro de gravidade deve estar na linha natural do corpo.

2. Tachikata: Posição formal. Manter o corpo erguido, sem esforço nem tensão. com os pés metidos ligeiramente para dentro e em hanzenkutsu dachi. Flectir um pouco os joelhos deixando que ambas as pernas suportem por igual o peso do corpo. Concentrar energia nos dedos dos pés ou em toda a planta do pé.

3. Mesen: Olhar e posição da cabeça. Concentrar a vista sobre o rosto ou nos olhos do adversário. Deste modo podemos vê-lo todo desde a cabeça aos pés. Observar o adversário, deixando os olhos atuarem como se estivessem a observar um objeto mais distante.

4. Maai: Distância entre os oponentes. Frente ao adversário a distância é vital para a estratégia da luta. Maai pode definir-se praticamente como a separação que facilita o avanço de um passo e lançar corretamente um ataque de punho ou perna; no inverso, é o intervalo que permite retroceder um passo e proteger-se de um ataque. A distância de cada Maai ocupa uma extensão maior ou menor, em concordância com a técnica aplicada e com a forma de manter afastado o adversário, com possibilidade de acercar-se dele quando seja conveniente. O Maai é importante para decidir a vitória ou a derrota e, o seu domínio é fundamental.

5. Waza O Hodokosu Koki: Momento adequado de execução. Se se atacar com iniciativa antecipada ou subsequente, a verificação da técnica só produzirá efeito se se souber aproveitar a abertura na guarda, que pode ser de 3 classes: mental, em kamae eem movimento.

Os próximos aspectos pertencem à 3ª categoria:

A. Quando o adversário inicia a sua técnica. O movimento começa ao localizar-se uma abertura, atacando direta e instantaneamente. Se a atenção se concentra no ataque, abandonando a defesa, é fácil então encontrar uma abertura.

B. Quando chega o ataque. Ao efetuar-se um ataque, ou ao defender numa combinação de técnicas, contra-atacar quando se vir que a estratégia do adversário terminou ou as suas técnicas pararam.

C. Quando a mente não está atenta. No karate existem advertências estritas para evitar surpresas quando se está vacilante. Perante um pontapé ou qualquer outro ataque directo eminente, se se faz um passo atrás frente à intenção do adversário, este vacilará sobre se deve ou não lançar o ataque; este ficará confuso e aparecerá uma abertura mental. Há assim a possibilidade de atacar repentinamente, com êxito assegurado.

D. Criação de uma abertura. Se não existe uma abertura, empregar uma finta para distrair o adversário. Por exemplo: movendo os pés com estratagema, levando a atenção para o chão, criando uma oportunidade de atacar sobre a parte superior do corpo. Podemos fazê-lo com as mãos ou com os pés, mas se se fizer isso com lentidão, será o adversário a encontrar uma abertura. É necessário controlar a força própria e executar o pontapé ou o soco com segurança. Convém fazer técnicas combinadas de modo a impedir o contra-ataque. Finalmente fazer um ataque instantaneo e decisivo sempre que vejam que o adversário perde a postura ou abre a sua defesa.

Goju-Ryu Randori

É o método de treino de kumite desenvolvido pelo Sensei Morio Higaonna. Randori é o termo do judo que significa "experimentar" as técnicas. Em Goju-Ryu Randori, dois alunos praticam os pontapés, os socos, as defesas, os movimentos de pés, etc. um contra o outro ao acaso. Não é feito à máxima velocidade e a ênfase não é posta em vencer o combate de uma forma competitiva. Cada aluno deve usar a oportunidade para praticar conjuntamente com o outro aluno nas movimentações, nos ataques, defesas e servindo na prática de alvo. Todas as técnicas devem ser feitas com o máximo de controlo, tendo o cuidado de não lesionar o outro aluno através de técnicas mal executadas ou por descuido. Randori pode ser feito devagar, como modo de aquecimento e de treino de elasticidade; a velocidade média como método de treino para melhorar certas combinações de técnicas; a rápida velocidade desenvolve a velocidade de reacção. A ênfase deve ser posta sempre na variedade das técnicas e no desenvolvimento de muitos tipos de ataques e defesas. Cada aluno deve aprender a cooperar com o outro no Randori evitando técnicas de chaves e apertos, fintas ou ataques enganosos ou técnicas desnecessariamente violentas que desencorajarão o treino do outro aluno. Randori é um treino destinado a treinar a distância, o sentido de oportunidade (timing) assim como muitos outros aspectos ligados ao combate. Se algum aluno insistir em fazê-lo de uma forma competitiva e tentar provar a sua superioridade em habilidade, será muito difícil seja para quem for concentrar-se em experimentar novas técnicas. Sendo assim o Randori converter-se-ia em combate livre o que desviaria o treino do seu principal objetivo. Randori foi estudado para prevenir lesões e outros problemas postos pelo combate à máxima velocidade.

Yakusoku Kumite

Significa combate pré-estabelecido e pode ser feito de modo a demonstrar uma larga variedade de técnicas. Nesta forma de combate os movimentos  de ataque e defesa são determinados previamente. A defesa utiliza técnicas de defesa e um contra-ataque, fazendo técnicas de projeção ao chão (Nage Waza), ataques às articulações (Kansetzu Waza) ou ataques simultâneos, dependendo de que técnicas estão a ser praticadas. Os alunos devem praticar a defesa e o ataque e executá-los com ambos os lados, esquerdo e direito. O Yakusoku Kumite avançado é executado com máxima velocidade e força e com técnicas controladas e normalmente é composto por muitas combinações de técnicas. Em Goju-Ryu Karate-Do é bastante comum que o atacante acabe no chão, depois de projectado pelo defensor. Existem várias formas de trabalhar Yakusoku Kumite, uma delas é a de quem iniciar o ataque é quem defende e aplica o contra-ataque.

TÉCNICAS DE KIHON GOJU-RYU

KIHON

01 – Chudan Seiken Zuki

02 – Jodan Uke

03 – Chudan Uke

04 – Gedan Barai

05 – Ura Uchi

06 – Jodan Kizami Zuki

07 – Shuto Ganmen

08 – Shuto Sakotsu

09 – Hisa Age

10 – Mae Geri San Kiyo Do

 

KIHON IDO I

01 – Sanchin Dachi Jodan Uke

02 – Zenkutsu Dachi Chudan Uke

03 – Shiko Dachi Shiyakaku Gedan Barai

04 – Sanchin Dachi Yoko Uke Shita Barai

05 – Sanchin Dachi Jodan Zuki

06 – Zenkutsu Dachi Chudan Zuki

07 – Shiko Dachi Shiyakaku Seiken Zuki

08 – Zenkutsu Dachi Hiji Ate

09 – Shiko Dachi Chokaku Seiken Zuki

10 – Sanchin Dachi Mae Geri

11 – Zenkutsu Dachi Mae Geri

12 – Han Zenkutsu Dachi Mawashi Geri

13 – Shiko Dachi Shiyakaku Kansetsu Geri

 

KIHON IDO II

01 – Sanchin Dachi Jodan Uke Chudan Giyaku Zuki

02 – Zenkutsu Dachi Chudan Uke Chudan Giyaku Zuki

03 – Shiko Dachi Shiyakaku Gedan Barai Chudan Giyaku Zuki

04 – Sanchin Dachi Yoko Uke Shita Barai Morote Zuki

05 – Sanchin Dachi Chudan Giyaku Zuki Mae Geri

06 – Zenkutsu Dachi Mae Geri Chudan Seiken Zuki

07 – Shiko Dachi Shiyakaku Hiji Ate Yon Hon Do Sa

08 – Zenkutsu Dachi Hiji Ate Chudan Giyaku Zuki

09 – Shiko Dachi Chokaku Tetsui Ura Uchi

10 – Sanchin Dachi Kizami Mae Geri Mawashi Geri

11 – Zenkutsu Dachi Mae Geri Hiji Ate Yon Hon Do Sa

12 – Han Zenkutsu Dachi Sokuto Geri Chudan Giyaku Zuki

13 – Shiko Dachi Shiyakaku Kansetsu Geri Age Zuki Yon Hon Do Sa

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